sexta-feira, novembro 09, 2007

O Buraco Negro

Não é isso. Não estou de mal com novembro, mas tem tanta coisa acontecendo, e tudo tão rápido que ainda não tive tempo para escrever, e já saliento que motivos tenho aos montes. Sabe aquele buraco que temos dentro da gente? Aquele buraco que ás vezes nos suga, geralmente, quando algo dá errado em nossa vida. Sei lá, quando somos demitidos do emprego, quando batemos o carro, quando quem amamos adoece, quando o namoro termina? Sabe aquele dia, em que pensamos: "pára o mundo que eu quero descer", "meu castelo desabou" !? Então, quando vimos estamos dentro de um buraco negro que nos faz pensar: -e agora o que vou fazer da minha vida?! Temos duas saídas, uma delas é cair numa tristeza profunda e ter uma depressão (entregar os pontos), a outra é ficar triste, curtir o momento de fossa (afinal, ninguém é de ferro), e depois sair do buraco e seguir adiante. Confesso que neste mês de novembro decidi sair do meu buraco negro ( meio que na marra, mas estou saindo), e além de sair estou tapando, pois não quero mais cair. Nossa eu estava numa profundidade dentro de mim, do meu pseudo mundo, nem me reconhecia mais. Dentro do buraco a nossa auto-estima vai embora, ficamos angústiados e parece que nunca mais seremos felizes, mas seremos....ôssi!Como sair do buraco negro da sua vida? Algumas vezes pessoas que conhecemos nos mudam para sempre, e eu recomendo "pessoas". Pessoas do BEM, amigos, sorrisos, abraços, beijos. Eu recomendo pedir ajuda, pois todos somos vulneráveis e precisamos de outras almas, e isso é pra vida toda. Aprendi a pedir ajuda, nossa e isso demora! Aprendi que todos temos "um dia daqueles" e ás vezes não temos força e vamos nos enterrando, porém temos que lutar, seguir, e não deixar que o buraco nos sugue. O jeito é pular o buraco, e coisas tristes, pessoas tristes, momentos tristes, todos já passamos , ou ainda vamos passar, e hoje com a força que tenho aprendi, e levantei. E por mais que nossos amigos nos ergam, temos que querer, e querer muito, mas muito mesmo, caso contrário continuaremos onde estamos. Se você achou que aquele seu problema não tinha solução, pois eu afirmo, tem sim!! O que não tem solução é a morte, o resto tiramos de letra, só basta querer e não se entregar! Curta seu momento triste, com um começo, um meio e um fim. Então, não vacile, pule o buraco!

quarta-feira, outubro 31, 2007

Você

Me tens nas mãos
suspira meu coração
agora não dá pra fugir
não dá pra mentir
só quero te sentir

Brancos tantos francos
estávamos em prantos
escondiámos encantos
que até ontem não sabiámos

Me sinto saindo do coma
agora falo teu idoma
deixei pra traz meu mundo intrigante
e voltei a ser a eterna amante.

domingo, outubro 28, 2007

TPM

Irritada. Estressada. Complicada. Agoniada.
Enojada. Entediada. Bagunçada. Dissipada.
Cansada. Antecipada. Anestesiada. Arrasada. Espada.
Irritante. Inconstante. Conflitante. Agoniante.
Entediante. Implicante. Desconsertante. Sufocante. Pulsante.
Doente. Carente. Exigente. Dependente. Serpente. Indigente.
Perigosa. Meticulosa. Asquerosa. Piedosa. Adiposa.

Ás vezes: assassina, sovina, anfetamina, domina, fascina.
Alisa. Precisa. Analisa. Avisa. Escravisa. Amenisa

Nada: tarada, assanhada, arrumada, beijada, amada.
Viciada. Centrada. Calada. Infiltrada. Apaixonada.

Alguém: quieto, direto, correto, perfeito, eleito.
menos suspeito, sem defeito,
no meu leito
me cubra de chocolate.

domingo, outubro 21, 2007

Penso, logo deixo de viver

A mãe mandou eu deitar, e assistir a Caiu Fernando Abreu na TV e que eu parasse de pensar. Como é isso não pensar? Eu penso o tempo todo. Penso no que penso, no que os outros pensam, no que os escritores pensam, no que os amigos pensam. Penso também nos que não pensam. Penso nas pessoas despreocupadas que não pensam, e me encontro nesse meio, pois eu finjo á todos que não penso também. Sim sofro por antecipação, eu e milhares de outros iguais a mim, e a minha cabeça cheia de por quês? Por que ele não me quer? Por que eu engordei? Por que meus amigos sumiram? E os amigos dos meus amigos também? Por que me criticam tanto? Por que se metem na minha vida? Por que o outro sempre tem razão? Por que me calo, quando quero gritar? Por que não me avancei nele? Por que aquela criança está descalça? Chega de por quês!!! Enquanto isso tento entender Caio Fernando Abreu, ai que confusão louca. Sou doida de atar, sou psicótica, paciente psiquiatrica tratável (malhável, e como o bendito remédio tarda a fazer efeito quando mais se precisa dele. Prometo amanhã agir, não pensar, serei mais louca ainda...hahaha. Quero gargalhar. Ouvi um depoimento do Caio F Abreu, ele disse que um livro dele, levou 13 anos para sair, fiquei contente com isso, e tenho certeza que foi no dia que ele parou de pensar e esqueceu dos por quês.

Liberte-se

Amei os 3 "L"
Lazer, Liberdade, Loucura...
Preciso de mais de 3
Legal, Linda, Loira.

Vamos melhorar nossa vida
e realizar nossos sonhos
cuidar de nós e de quem precisar      
não sei de amor, nem de amar
restou a mim, me dedicar a quem me rodear

to feliz da vida
to de vento em polpa
to trepando nas árvores
e caminhando descalço na grama

vc sempre sabe mais
e continuarás sabendo
mas não sobre mim
nem sobre a minha pessoa
sou uma metamorfose serelepe
vez que outra estepe

ah coisas que sempre acontecem
mas vão mudar
preciso respirar fundo e amar, quem me ama
e se isso não existir, me amar eternamente.

Silêncio

Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Agora preciso dormir, amanhã conversamos.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Mais um que se foi

Escureceu o céu de anil. Perdi meu ego na tempestade de ontem a noite. Desistiram de mim, do meu riso fácil das minhas sábias palavras, desistiram de me levar, de me ter, de me amar. Me perdi no labirinto das seratoninas, dos anti-depressivos e até dos antiepiléticos. A louca aqui está sozinha. Todos estão dormindo, sonhando com meu sorriso, em um ataque irônico, sarcástico, projetado por aqueles palhaços e seus cabelos sujos e seus cobertores imundos com seus pitacos de cigarros, novinhos recém largados ao chão. Ele me esqueceu. Na verdade escolheu deixar de lembrar. Fui uma escolha justa, igual á tantas outras, BURRA! Preciso contar o que todos já sabem, já viram! Que vazio , que moleza, que falta de pressão. Estou me perguntando se abro a janela, ou se deixo o mundo escapar?! Talvez seja melhor rezar, dormir ajoelhada, como fizeram os pagões. Por que me quereis aqui? O que quereis de mim ainda? Há de haver um belo repousar, uma chave que abre esse lugar, que me tire do castelo pra que eu possa respirar. Por enquanto reverêncio as noites de sábado onde passo á bailar. Obrigada por não roubar isso de mim. Boemia, ninharia, esperança minha: aqui me tens de regresso! E as lágrimas, por gentileza que se acomodem na chapelaria.

domingo, outubro 07, 2007

Revolta

Parei de jogar para escrever, está pulsando aqui dentro, não tem como ficar indiferente, se bem que ultimamente é o que tenho feito com mais freqüencia.
Por mais fudido que se esteja sempre há uma saída, porque você está fudido e não morto. Quem sabe se eu conseguisse chorar, mas vai entupir o nariz e já cansei o coitado toda a semana, deixa quieto. Beber!!!? Estou tão deprê que beber sozinha nem cagando! Fumar!? E a bosta da asma faz chiar o meu peito desde sábado, hoje, que acordei melhor (até dei banho no cachorro) sinto falta de ar só de pensar no cheiro do cigarro. Maconha!? Tem o lance da fumaça, e eu não sei tragar, nem onde encontrar, e vai me deixar "na paz", e se tem uma coisa que me irrita neste momento é a tal da "paz". Medicamentos!? O de sempre, sempre o mesmo e ficar grog e dormir? Nem fudendo!!!!
Quero anarquisar, guerrilhar, sabotar, irritar, incomodar, gritar, me espalhar...Estou com muito tempo pra nada, qualquer coisa que você pensar, eu, tenho tempo de sobra. Seria o ócio o que me martiriza? Pode ser, com certeza, é o ócio!! Ócio marginal, mesquinho, cruel, que fere a pobre alma inerte, que tenta desesperadamente se apegar em algo ou alguém, um fato, uma notícia, uma sorte a ser lançada. Puta que o pariu, uma luz!!!!! Quero trabalho, saúde, o escambal! Quero uma chance de ter chance, já que as oportunidades não chegam através do ócio, já que estou a ponto de cortar os pulsos, de me mutilar, violentar, estragar com tudo mesmo, comigo inteira tipo serviço completo mesmo. Enquanto isso eu vou navegando pelo mar, sem ter um porto quase morto, sem um cais e eu nunca vou te esquecer, mas a solidão deixa o coração nesse leva e trás.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Não posso negar a dor é tamanha, mas não se preocupe não é infelicidade, é apenas dor; como quando a gente cai da bicicleta ou bate com o cotovelo. Aí é Natal, estou carente, estou estranha, bem passional, quase sem sentimento. Só sei que dói. Mas vamos combinar, que a minha dor não é nada perto de outras tantas que existem por aí. Como a dor do ano passado de passar o Natal com o pai no Hospital de Clínicas, ou como ver meu filho vestido de anjo, e não poder dar pra ele uma família. Eu perdi meu pai, e deixei meu filho longe do dele. Tem dores que parecem que nunca vão passar, mas passam, amenizam, ou sei lá nos acostumamos com elas. Seguimos, eu sigo parei de me questionar, pois era muito idiota da minha parte, então estou menos idiota, já é um bom sinal. Quero um chá de camomila, dormir na rede, ter um bicho de estimação. Quero cores claras, tons pastéis, e um sol brilhante, o dia inteiro, todo o dia.
O bom de saber escrever é que dividimos o que estamos sentindo com pessoas como a gente, que acorda todos os dias com a cara amassada, escova os dentes, toma dois goles de café e vai a luta. O dia nos traz agonias, e alegrias, mas as dores, essas violentas, ficam lá trancadinhas como num baú, onde ninguém tem o mapa, como se fosse um tesouro, que desenterramos algumas vezes para escoar nossa angústia, nossa fenda, nossa alma machucada.